A gaveta

A gaveta

Virtual, a gaveta para fechar os pensamentos á solta. Pedaços de vidas, histórias verdadeiramente imaginárias. Expurgar a infelicidade da infância em receios, medos e fuga para a própria infância. Expurgar os fantasmas da adolescência com o rumo cortado. Construir, reconstruir, dar a conhecer, esconder, deixar rasto, apagar sinais.
Esta é a minha gaveta. Não é para abrir, é para meu compromisso. Quanta infelicidade pode haver numa criança, quão grande pode ser o rasto rasgado nos afectos.

Vou pôr na gaveta e fechá-la. Esta gaveta fica arrumada para sempre. Acreditando que nada é definitivo, fecho para sempre a dialéctica. 

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